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GLOSSÁRIO

Ampere: ou Ampère é a unidade de medida da corrente elétrica no Sistema Internacional de Unidades. O plural do nome desta unidade é Amperes ou Ampères. O nome é uma homenagem ao físico francês André-Marie Ampère.

Autoconsumo remoto: caracterizado por unidades consumidoras de titularidade de uma mesma Pessoa Jurídica, incluídas matriz e filial, ou Pessoa Física que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras, dentro da mesma área de concessão ou permissão, nas quais a energia excedente será compensada.

Célula fotovoltaica: Dispositivo desenvolvido para realizar a conversão direta da energia solar em energia elétrica.

Consumidor Especial: aquele com demanda entre 500 kW e 3 MW, que tem o direito de adquirir energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou de fontes incentivadas especiais (eólica, biomassa ou solar).
Consumidor Livre: aquele que pode escolher seu fornecedor de energia elétrica por meio de livre negociação.

Custo de disponibilidade: é a quantia cobrada pela concessionária de energia da sua região para que seja disponibilizado o serviço de eletricidade ao seu imóvel. Logo, essa taxa contempla o custo da infraestrutura que visa a assegurar que a energia elétrica será ofertada aos moradores de determinado local. O custo da disponibilidade para consumidor do grupo B é o valor em moeda corrente equivalente a:
- 30 kWh, se monofásico ou bifásico a 2 (dois) condutores;
- 50 kWh, se bifásico a 3 (três) condutores; ou
- 100 kWh, se trifásico;
Desta forma, mesmo que não haja consumo durante o mês o consumidor pagará o custo de disponibilidade relativo ao seu tipo de instalação.
Demanda contratada: é a demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela distribuidora, no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados em contrato, e que deve ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).

Demanda instalada ou potência instalada: é a soma das potências nominais de todos os equipamentos (em kW), ou seja, o valor de potência que seria consumida se todos os equipamentos estiverem operando ao mesmo tempo.

Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras: caracterizado pela utilização da energia elétrica de forma independente, no qual cada fração com uso individualizado constitua uma unidade consumidora e as instalações para atendimento das áreas de uso comum constituam uma unidade consumidora distinta, de responsabilidade do condomínio, da administração ou do proprietário do empreendimento, com microgeração ou minigeração distribuída, e desde que as unidades consumidoras estejam localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não integrantes do empreendimento.

Energia ativa: quantidade de potência elétrica ativa consumida em um intervalo de tempo, expresso em quilowatt-hora (kWh).

Energia reativa: energia necessária para magnetizar motores e geradores e carregar campos elétricos e magnéticos.

Geração compartilhada: caracterizada pela reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada.

Medidor de energia: popularmente chamado de “relógio de luz”. Ele é responsável por medir o consumo de energia elétrica da sua residência, comércio ou indústria. Deve ser instalado conforme normas da ANEEL e da concessionária local.

Medidor de energia bidirecional: é o tipo de medidor usado em instalações atendidas pelo sistema fotovoltaico conectado à rede (SFCR). A diferença entre um medidor de energia convencional e um bidirecional é que este mede a energia consumida e a injetada na rede. Por isso quando instalamos um SFCR é necessário fazer a troca do medidor convencional pelo bidirecional. Esta troca é feita pela concessionária, durante a homologação do sistema.

Melhoria: instalação, substituição ou reforma de equipamentos em instalações de distribuição existentes, ou a adequação destas instalações, visando manter a prestação de serviço adequado de energia elétrica.

Microgeração distribuída: Central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

Minigeração distribuída: Central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 MW para fontes hídricas ou menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou para as demais fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

Modicidade tarifária: está relacionada à tarifa de energia elétrica aplicada aos consumidores finais regulados e representa a síntese de todos os custos incorridos ao longo da cadeia produtiva da indústria de energia elétrica: geração, transmissão, distribuição e comercialização. O seu valor deve ser suficiente para preservar o princípio da modicidade tarifária e assegurar a saúde econômica e financeira das concessionárias, para que possam obter recursos suficientes para cobrir seus custos de operação e manutenção, bem como remunerar de forma justa o capital prudentemente investido com vista a manter a continuidade do serviço prestado com a qualidade desejada.

Módulo fotovoltaico: Unidade básica formada por um conjunto de células fotovoltaicas, interligadas eletricamente e encapsuladas, com o objetivo de gerar energia elétrica.

Net metering: incentivo à geração de energia a partir de fontes renováveis que permite ao proprietário do gerador injetar na rede elétrica a energia não consumida na edificação onde o gerador está instalado. Quando isto ocorre, o consumidor recebe crédito pela energia entregue à rede, o qual será convertido em um desconto na conta de eletricidade nos meses seguintes.

Painel fotovoltaico (painel solar ou placa solar): Um ou mais módulos fotovoltaicos interligados eletricamente, montados de modo a formar uma única estrutura.

Payback: é um indicador financeiro do tempo de retorno de um investimento. Diz respeito ao período que você irá levar para devolver à sua conta o dinheiro aplicado em um investimento. Ao calcular o payback, você não considera apenas os ganhos futuros, mas o tempo para obtenção (retorno) do valor investido.

Prodist - Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional: são documentos elaborados pela ANEEL e normatizam e padronizam as atividades técnicas relacionadas ao funcionamento e desempenho dos sistemas de distribuição de energia elétrica.

PRORET - Procedimentos de Regulação Tarifária: têm caráter normativo e consolidam a regulamentação acerca dos processos tarifários.

Reforço: instalação, substituição ou reforma de equipamentos em instalações de distribuição existentes, ou a adequação destas instalações, para aumento de capacidade de distribuição, de confiabilidade do sistema de distribuição, de vida útil ou para conexão de usuários.

Semicondutores: são materiais sólidos, geralmente cristalinos, de condutividade elétrica intermediária entre condutores e isolantes. Semicondutores em células fotovoltaicas são, por exemplo, o selênio, o silício (o mais usado), o arseneto de gálio, o disseleneto de cobre e  índio, o telureto de cádmio e o disseleneto de cobre, índio, gálio.

Sistema de bandeiras tarifárias: as bandeiras tarifárias criadas nas cores verde, amarela e vermelha indicam a tarifa de energia a ser paga pelo consumidor em função das condições de geração de eletricidade. Por exemplo, em épocas de seca, devido aos níveis dos rios muito baixos as usinas termelétricas são acionadas o que encarece a geração de energia e este aumento de custo é repassado aos consumidores via o sistema de bandeiras tarifárias.

Sistema de compensação de energia elétrica: Sistema no qual a energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica ativa. (ver Art. 7º da REN Nº 687, de 24.11.2015).

Sistema de distribuição de eletricidade: é a etapa final no fornecimento de energia elétrica; é a parte do sistema elétrico ligado ao subsistema de transmissão, através do qual faz-se a entrega da energia elétrica aos consumidores, tendo início em uma subestação (distribuição primária em média tensão) ou num posto de transformação (distribuição secundária em baixa tensão). Na prática é visível através de ramificações de cabos elétricos ao longo de ruas, levando a energia aos consumidores conectados ao sistema elétrico. 

Sistema de geração de energia isolado ou off-grid: é aquele em que a energia gerada alimenta diretamente os equipamentos (cargas) ou um banco de baterias. Este tipo de sistema não é conectado na rede de distribuição. O uso do banco de baterias o torna financeiramente viável apenas nos casos em que não existe rede elétrica, como em ilhas, sítios isolados, sistemas de sinalização, etc. 

Sistema de geração de energia on-grid: é conectado com a rede elétrica. Neste sistema a energia gerada e não consumida é injetada na rede elétrica da concessionária e retorna em créditos de energéticos. No caso do sistema on-grid, este deve ser homologado de acordo com as regras da ANEEL e da concessionária local.

TE - Tarifa de Energia: é o valor da energia consumida em sua casa mensalmente determinado pela ANEEL, em R$/kWh, utilizado para efetuar o faturamento mensal referente ao consumo de energia.

TUSD - Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição: é o valor financeiro único determinado pela ANEEL, em R$/kWh, utilizado para efetuar o faturamento mensal referente ao sistema de distribuição de energia elétrica pelo uso do sistema. Essa tarifa cobre os custos com as instalações, equipamentos e componentes da rede de distribuição utilizados para levar a energia com qualidade.

Usinas híbridas: O termo “híbridas” é usado para caracterizar a combinação de duas ou mais fontes energéticas, as quais se complementam para a produção de energia elétrica de forma mais confiável e constante.
Se hoje cada usina em separado necessita fazer o uso e a contratação das instalações de transmissão, a sinergia das usinas híbridas permite uma ocupação mais permanente da rede, o que pode resultar numa redução no custo final da energia. Por exemplo, em algumas situações a fonte solar pode complementar os momentos de baixa geração eólica, e é pensando nessa complementaridade que aparece a oportunidade do uso mais inteligente da capacidade das linhas de transmissão e distribuição: as usinas híbridas.

Volt: é a unidade de tensão elétrica do Sistema Internacional de Unidades. O plural do nome da unidade é volts e o seu símbolo é V. O nome 'volt' é uma homenagem a Alessandro Volta, que desenvolveu a pilha voltaica, precursora da bateria elétrica.

Watt: é a unidade de potência do Sistema Internacional de Unidades (SI). É equivalente a um joule por segundo. O plural do nome desta unidade é Watts. A unidade recebeu este nome em homenagem a James Watt, pelas suas contribuições para o desenvolvimento do motor a vapor. 

 

Lino José Cardoso Santos
Doutor em Engenharia de Materiais
CEO da LJ Solar